sábado, 15 de setembro de 2012

HINOS NACIONAIS (1)* (Parte 3ª/3)

(Continuação da postagem anterior.)

               O hino Marcha Real, da Espanha, é um dos raros em que se executa apenas a música. As letras para ele feitas não foram adotadas pela população.

O hino da Bulgária, Mila Rodino (Querida Pátria), uma das exceções à maioria, com apenas uma estrofe, contém em um dos seus oito versos a síntese de toda a composição: “É o paraíso na terra”. Na mesma situação está Kimi ga Yo, hino do Japão de apenas cinco versos considerado como o hino mais curto do mundo , que se refere ao seu imperador.

Apesar de ser avesso à ideia de se resolver desavenças entre povos e entre concidadãos pela violência ou intimidação de armas, compreendo que o ser humano ainda não alcançou o grau de elevação espiritual e social que lhe permita perceber e eliminar dos símbolos sagrados de sua pátria qualquer referência a ações condenáveis. Conformo-me, também, que ele seja possuído por um enganoso sentimento de aceitação da violência e da intimidação, veiculada por qualquer mídia, quando se é do lado vitorioso.

A segurança da pátria deve ser mantida, obviamente.  É desejável, na época em que vivemos, que haja jovens, homens e mulheres corajosos e dedicados , treinados por elementos qualificados, para defendê-la com unhas e dentes, dispostos até à própria morte. Apenas, não se deve dar destaque a qualquer forma de comunicação que, explícita ou implicitamente, exalte a violência, seja contra povos ou nações, seja entre indivíduos..

Mas o grau de elevação moral e social das pessoas pode ser melhorado até um ponto de evolução que tornará a Terra em um mundo único, em uma comunidade universal em que todos se considerarão realmente irmãos, sem fronteiras, preferindo lutar no sentido da palavra que significa trabalhar para diminuir as gigantescas diferenças de todas as espécies existentes entre as nações terrestres.

Creio que os congressos nacionais, compostos de senadores e deputados, quando for o caso, têm poderes suficientes para tornar os respectivos hinos mais amenos, retirando deles qualquer referência à violência, tornando-os mais representativos das boas qualidades de cada nação e arautos das melhores aspirações de seu povo.

Em verdade, com relação às letras de um considerável número de hinos nacionais, poderia entender-se parte do seu conteúdo como adesão, mesmo que inconsciente, à versão atual da locução latina de Túlio Flávio Vegécio Renato, escritor romano do século IV d. C., mais citado como Flávio Vegécio:

“Si vis pacem, para bellum..” (Se queres a paz, prepara a guerra.)
 
                                              F I M

 

* Nota: Ver, na Internet, “Hinos Nacionais”, no saite Wikipédia.com.
 

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