sábado, 30 de novembro de 2013

Olinda Gotta - Promoção do livro: 25% desconto: R$ 15,00


sábado, 6 de julho de 2013

Livro : As Aventuras de Olinda Gotta - Venda


O livro conta a história de uma gota d'água que, através de uma viagem em que transforma-se nos seus três estados físicos, e, passando por diversas aventuras, oferece aos leitores informações ecológicas e denuncia o manuseio criminoso do meio ambiente. Revela a sua atuação na natureza através do orvalho, granizo (chuva-de-pedra), neve, participação na formação do arco-íris, sereno, nuvens, neblina etc. Empenha-se , como toda criança devia aprender a fazer, em defender as matas, os lagos, os rios, os mares, da ação predadora do homem.
Olinda Gotta é uma boa opção para presentear netos, filhos, irmãos, primos, sobrinhos e amigos.
Cada exemplar custa R$ 20,00 (vinte reais), Para pedidos de 20 exemplares, ou mais, há um desconto de 10% (dez por cento). Possui 44 páginas, todas a cores, sendo as capas, contracapas e as páginas da história enriquecidas com belas ilustrações do arquiteto Luciano Messora, de Brasília, DF, sobre papel cuchê de 320 e l70g. 

A entrega do(s) livro(s) se dará observadas as seguintes instruções:
1) Vá à sua agência preferida dos Correios e informe-se do valor  e do tipo de remessa de sua preferência. Adicione a este valor o preço do(s) livro(s);
 2) Lembre-se que cada livro pesa 170g, sendo o peso o referencial dos Correios para o cálculo das tarifas;
3) De posse dessas informações, enviar-me,  pelo e-mail   lamartimir@gmail.com, o seguinte texto:
“Solicito-lhe enviar-me (digitar o número de exemplares aqui) livro(s) de As Aventuras de Olinda Gotta. Para tanto, já depositei (ou transferi) R$ (digite o valor do depósito ou de transferência como explicado no item 1 acima) para a sua conta 20676-8, da agência nº 1732, do Banco do Brasil, de Boa Esperança, Minas Gerais, que corresponde ao valor do(s) livro(s) mais a tarifa de R$ (digite o valor da tarifa informada pela agência) que o senhor pagará aos Correios pela remessa do(s) exemplar(es) através de (citar aqui o tipo de remessa escolhido, ou seja: remessa simples, registrada simples, registrada com A. R. ou SEDEX).
Meu nome é (citar o nome inteiro, sem abreviatura) e o meu endereço é (citar completo: rua, avenida, ou similar, nº da casa ou prédio, do apartamento, ou loja, se for o caso, bairro, cidade, Estado, CEP, nº dos telefones fixo e celular, e-mail)” e outros dados que julgar necessários."

Notas: 1) Não serei responsabilizado por possíveis extravios ou outros fatos que ocorrerem antes ou após a expedição que impedirem o recebimento do(s) exemplar(es), Por exemplo, o depósito, ou a transferência, é feito no banco, mas o e-mail do item 3 acima não chega ao meu endereço eletrônico por erro de digitação. Outro exemplo: desvio, intencional ou não, da remessa; 2) As informações prestadas no  seu e-mail  permanecerão sob absoluto sigilo.
Tenha a chance e o prazer de tornar-se o(a) fundador(a) das bibliotecas particulares dos seus pupilos, adquirindo para eles exemplares de "As Aventuras de Olinda Gotta".

domingo, 5 de maio de 2013

A VITÓRIA DE OLINDA GOTTA

     Tenho o maior prazer em informar que o meu livro infantojuvenil As Aventuras de Olinda Gotta, selecionado para patrocínio de edição pelo Fundo Estadual de Cultura,  foi lançado ás 19,30 h do dia 27/04/2013, em cerimônia conduzida pelo presidente da Academia Dorense de Letras, Dr. Mario Luiz Gobbi Serrano, no auditório da Câmara Municipal de Boa Esperança, MG.

   O livro, de formato quadrado, tem 44 páginas coloridas. Todas as páginas com a história, têm o texto envolvido por belas ilustrações do arquiteto Luciano Messora Miranda, de Brasília, DF.
 
   Trata da viagem de uma gota de água através dos estados físicos aos quais ela está sujeita. E das variações com que ela se apresenta na natureza, como a neblina, as nuvens, granizo, neve, umidade do ar, orvalho, água salgada (dos oceanos) etc.

   É uma destemida gota, que não tem medo de nada, mesmo da escuridão do fundo da terra em que ela se infiltrou depois de cair, em forma de chuva, numa poça de água barrenta. Ela saiu do fundo limpinha - porque foi filtrada pela terra e areia por onde desceu - numa mina no sopé de uma montanha em uma linda noite de luar.
 
  Ela criticou e lamentou comigo o descaso e a inércia das autoridades quanto a tomada de posições e a falta de planejamento poderoso e eficaz, como um que dotasse todas as cidades com mais de 50 mil habitantes, por exemplo, com uma unidade de tratamento de esgotos, ou quantas fossem necessárias.

   Disse, ainda, que deveria ser feita uma fiscalização mais eficiente quanto a emissão de resíduos industriais diretamente nos rios, lagos e mares.
 
   Informo a quem este texto ler, que o livro estará a venda pela Internet, no meu e-mail, assim que eu transcrever neste blog as instruções necessárias. Adianto que o livro custará R$ 20,00, mais as despesas com a expedição junto aos  Correios, se for o caso.

E viva Olinda Gotta!!!




 

segunda-feira, 25 de março de 2013

 
 
Meus amigos, minhas amigas:
 
Passei todo o tempo desde o lançamento da última postagem "assoberbado" com a breve edição de um dos meus livros inéditos. Espero que este não seja o primeiro e último livro meu que passará por esta maravilhosa operação.
 
Assim que finalizar o trabalho de acabamento dos primeiros volumes da edição, proclamarei neste blog a data de lançamento, a hora e o local do evento, que ocorrerá em Boa Esperança, MG.
 
Abraços para todos. Aguardem!!!

domingo, 30 de setembro de 2012

HINOS NACIONAIS (2) (Parte 2ª/2)

(Continuação da postagem anterior.)

                Considerando-se que este “nascimento”, de fato, aconteceu com a vinda de Dom João VI e a realeza portuguesa para o Brasil. Pois, foi a partir daí, com a abertura dos portos e da indústria brasileira, em 28/01/1808, quatro dias após a chegada da comitiva portuguesa quando ele era ainda o Príncipe-regente Dom João Maria de Bragança; com a inauguração do primeiro Banco do Brasil, em 12/l0/1808; instalação de tribunais; criação de escolas e outras benfeitorias por ele feitas, que o Brasil nasceu “realmente” como nação, munido dos elementos físicos (geográficos), jurídicos, políticos, sociais, legais e econômicos essenciais para sua sobrevivência e desenvolvimento autônomos.

 Dois anos depois da morte de sua mãe, D. Maria I, em 1816, Dom João foi coroado soberano do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve. Com o retorno da família real a Portugal, em abril de 1821, ficou o filho D. Pedro no Brasil como príncipe-regente.

 Quando D. Pedro I, em 07/09/1822, com as conhecidas palavras “Independência ou Morte”, proclamou o rompimento dos laços políticos com o governo lusitano, o País já era praticamente soberano. Pois Portugal, naquela ocasião, não tinha forças para retomar o jugo sobre o Brasil depois da invasão do país de Camões pelas tropas francesas comandadas por Junot, e se viu compelido a aceitar os fatos.

 O nosso hino é considerado por muita gente como muito extenso e de difícil memorização e entendimento, podendo sofrer modificações no seu tamanho. Poderia ter, ao invés de duas, apenas uma parte, eliminando-se também o primeiro refrão.

 Há, sobre a criação do nosso hino, dois fatos curiosos: a música foi composta em 1822, bem antes da letra, por Francisco Manuel da Silva (1795 – 1865), sem intenção de servir de hino. A letra é de autoria de Joaquim Osório Duque Estrada  (1870 – 1927).

 A outra curiosidade é que aqui aconteceu um fato raro na literatura específica, nas partes do hino que dizem:

 “Nossos bosques têm mais vida,”

“Nossa vida” no teu seio “mais amores.”

 As frases entre aspas, dos versos acima, foram tomadas emprestadas do poema “Canção do exílio”, obra-prima de Gonçalves Dias, escrita em 1843.

 Paz no futuro e glória no passado.”

 Este verso também está entre aspas. Na verdade, o verso faz parte do texto do Hino Nacional original brasileiro, e a estrofe em que aparece é a seguinte:

 Seja de amor eterno symbolo / O pavilhão que ostentas estrelado / E diga o verde-louro dessa flammula: /  Paz no futuro e glória no passado! ...

 Muitos intelectuais brasileiros entendem que a mudança de palavras nos versos do nosso hino pode e deve ser feita, como aconteceu com a palavra “pavilhão”, da estrofe acima, que foi substituída por “lábaro”. Compete ao Congresso Nacional a decisão de fazer a mudança que não é incomum através de decreto-lei sancionado pelo Presidente da República.

 O Brasil merece um nascimento realmente majestoso!

 

* Este texto foi escrito apoiado em informações do saite www.wikipédia.com

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

HINOS NACIONAIS (2)* (Parte 1ª/2)


Escrevi, em Hinos Nacionais (1)*, que, em muitos casos os hinos ditos patrióticos, estas composições musicais geralmente executadas em cerimônias oficiais de governos ou em eventos sociais, têm a tendência declarada ou subentendida, em suas letras, de inclinar-se para a resolução de seus problemas internos e com outros países, sejam econômicos, sociais, políticos etc., através da violência das guerras e das revoluções sangrentas e ou promotoras da prisão, da tortura e do exílio.
O nosso admirado e emocionante hino não escapa ao exame, quando diz: “Se o penhor dessa igualdade / Conseguimos conquistar com braço forte. / Em teu seio, ó liberdade, / Desafia o nosso peito a própria morte!”. Certamente o penhor da própria vida pela perpetuação da liberdade da Pátria é uma ação mais que desejável da parte dos cidadãos e cidadãs aptos para a luta armada. Mas penso que este símbolo nacional não deveria apregoar a luta, mesmo porque é entoado por crianças, idosos, deficientes físicos etc., que, às vezes, não têm condições de cumprir na íntegra as próprias atividades, quanto mais de assumir o compromisso implícito de lutar em uma guerra.
Depois, já na segunda parte, afirma: “ ‘Paz no futuro e glória  no passado’ “ A palavra “paz”, no sentido que exprime no verso, indica seu antônimo “guerra” — vencida por nós, obviamente —, grafada metaforicamente como “glória”.
Ainda: “Mas, se ergues da justiça a clava forte, / Verás que um filho teu não foge à luta, / Nem teme quem te adora a própria morte”. Os versos falam por si mesmos, dispensam comentários...
Um dos versos do nosso hino, aquele que diz: “Deitado eternamente em berço esplêndido,” que inicia a segunda parte da música, tem causado alguma polêmica. Alguns acham que a expressão “deitado eternamente” não condiz com os ideais de desenvolvimento almejado pelo povo brasileiro. Em quem o canta ou escuta e presta atenção à letra, deixa a impressão de um gigante adormecido para sempre, impotente, preguiçoso.
Pensei que ficaria conforme um texto em torno de “Nascido ternamente em berço esplêndido”, que aproveitaria quase integralmente a palavra “eternamente”, mudando para melhor o seu sentido.. Mas achei a frase piegas. Depois de algumas tentativas, encontrei estes versos: “Nascido realmente em berço esplêndido” e “Nascido heroicamente em berço esplêndido”, que não comprometem a métrica do poema nem a melodia da composição, constituindo, as duas, fruto da realidade do início do Brasil como nação soberana.
O Congresso Nacional tem poderes para decretar a pequena modificação, tão parecida e coerente com a letra original que passaria despercebida da maioria da população em menos de três meses. Creio que, se algum dia o Congresso Nacional decidir fazer a mudança, e sejam esses versos levados a seleção entre outros,  serão fortes concorrentes para figurar no texto do Hino.
(Continua na próxima postagem.)

domingo, 16 de setembro de 2012

1º ENCONTRO AMIGOS EM V.R.B.

LUIZA MIRANDA (Consultora em Etiqueta e Imagem, Promotora de Eventos e Mestre de Cerimônias) recebendo inscrições para as pessoas interessadas em participar do encontro em pauta, a acontecer na cidade de Visconde do Rio Branco, MG, nos dias 12, 13 e 14/OUT/2012.

Maiores informações através de seu blog  www.etiquetagem.blogspot.com , classificado em 2010 e em 2011 entre os 100 melhores na categoria Variedades. Concorre também este ano. Vote!

sábado, 15 de setembro de 2012

HINOS NACIONAIS (1)* (Parte 3ª/3)

(Continuação da postagem anterior.)

               O hino Marcha Real, da Espanha, é um dos raros em que se executa apenas a música. As letras para ele feitas não foram adotadas pela população.

O hino da Bulgária, Mila Rodino (Querida Pátria), uma das exceções à maioria, com apenas uma estrofe, contém em um dos seus oito versos a síntese de toda a composição: “É o paraíso na terra”. Na mesma situação está Kimi ga Yo, hino do Japão de apenas cinco versos considerado como o hino mais curto do mundo , que se refere ao seu imperador.

Apesar de ser avesso à ideia de se resolver desavenças entre povos e entre concidadãos pela violência ou intimidação de armas, compreendo que o ser humano ainda não alcançou o grau de elevação espiritual e social que lhe permita perceber e eliminar dos símbolos sagrados de sua pátria qualquer referência a ações condenáveis. Conformo-me, também, que ele seja possuído por um enganoso sentimento de aceitação da violência e da intimidação, veiculada por qualquer mídia, quando se é do lado vitorioso.

A segurança da pátria deve ser mantida, obviamente.  É desejável, na época em que vivemos, que haja jovens, homens e mulheres corajosos e dedicados , treinados por elementos qualificados, para defendê-la com unhas e dentes, dispostos até à própria morte. Apenas, não se deve dar destaque a qualquer forma de comunicação que, explícita ou implicitamente, exalte a violência, seja contra povos ou nações, seja entre indivíduos..

Mas o grau de elevação moral e social das pessoas pode ser melhorado até um ponto de evolução que tornará a Terra em um mundo único, em uma comunidade universal em que todos se considerarão realmente irmãos, sem fronteiras, preferindo lutar no sentido da palavra que significa trabalhar para diminuir as gigantescas diferenças de todas as espécies existentes entre as nações terrestres.

Creio que os congressos nacionais, compostos de senadores e deputados, quando for o caso, têm poderes suficientes para tornar os respectivos hinos mais amenos, retirando deles qualquer referência à violência, tornando-os mais representativos das boas qualidades de cada nação e arautos das melhores aspirações de seu povo.

Em verdade, com relação às letras de um considerável número de hinos nacionais, poderia entender-se parte do seu conteúdo como adesão, mesmo que inconsciente, à versão atual da locução latina de Túlio Flávio Vegécio Renato, escritor romano do século IV d. C., mais citado como Flávio Vegécio:

“Si vis pacem, para bellum..” (Se queres a paz, prepara a guerra.)
 
                                              F I M

 

* Nota: Ver, na Internet, “Hinos Nacionais”, no saite Wikipédia.com.
 

terça-feira, 11 de setembro de 2012

HINOS NACIONAIS (1)* (Parte 2ª/3)

(Continuação da postagem anterior.)


As composições, em grande parte, foram feitas para revelar o ufanismo da vitória e tornar heróis os mortos nacionais, mas nem sempre versam sobre a aniquilação de um inimigo estrangeiro. A Marselhesa, hino oficial da França comemora a vitória do povo francês, que, na Revolução Francesa, liderada, no início, pelas forças da cidade de Marselha advindo, daí, o título da composição —, ao poder do derrame de sangue de irmãos, ainda que para sufocar a tirania da nobreza francesa e seus aliados austríacos e prussianos que pretendiam manter a sua pátria sob o jugo da escravidão, da tortura e sob o horror da guilhotina.

A vitória parece justificar a incitação dos versos dos hinos ao uso das armas para a guerra. Mas as derrotas sofridas jamais serão ouvidas.

Parece ser fruto de um acordo inconcebível entre os escritores dos textos dos hinos, mas a maioria dos hinos nacionais prega, velada ou abertamente, a guerra para resolver questões de toda espécie entre nações, não importa que sofrimento venha a impor a seus concidadãos, familiares e amigos. E falam de derrame de sangue como se fosse o fato mais rotineiro da vida.

Como o ser humano é, por instinto, essencialmente competitivo, não causa muita estranheza o fato de que muitas composições foram criadas como marchas militares, sendo os autores das melodias e letras às vezes membros de bandas e sinfônicas das respectivas corporações..

O atual “Hino Nacional da Rússia” não fala em guerra, nem em sangue, mas, como é próprio das potências, principalmente das autoritárias ou totalitárias, estão sempre querendo ampliar suas fronteiras para impor sua política ortodoxa. Por isso, o refrão do hino: “As vastas amplidões aos sonhos e à vida, / Os anos vindouros nos abrem. / A dedicação à Pátria nos dá força, / Assim foi, assim é, e assim sempre será!”, remete à ideia de conquista de “vastas amplidões” que “os anos vindouros nos abrem” com a “força” e a consequente permissão que “a dedicação à Pátria” sugere dar ao povo russo.
Os hinos norte-americano, italiano, português, libanês, inglês (Reino Unido),        e outros pesquisados, não fogem à tendência de exaltação à violência da guerra.

(Continua na próxima postagem.)

domingo, 9 de setembro de 2012

HINOS NACIONAIS (1)* (Parte 1ª/3)


No dia 11/10/2011, uma terça-feira, ali pelas 22:30 h, estava recostado no sofá da sala de TV, de pijama, preparado para assistir um jogo de futebol entre o Brasil e o México, programado para começar naquele momento. Tive que esperar mais um pouco para ver o jogo, porque os hinos dos dois países deveriam ser executados. A lei 5.700, de 01/09/1971, oficializou o hino brasileiro como um dos Símbolos Nacionais, e autorizou sua execução, além das ocasiões oficiais do Governo e de instituições diversas, também nas ocasiões festivas e em outros eventos importantes que incluem as competições esportivas.

Comecei a ouvir o hino do México, executado em primeiro lugar em deferência ao time visitante. Minha atenção foi atraída pela sua letra, que aparecia escrita na tela traduzida para o Português.

Fiquei abismado: o texto só falava em guerra! O hino, com dez estrofes mais os estribilhos, é enorme. Menciona com abundância palavras e frases como metralha, troar dos canhões, sangue, cadáveres de mil heróis mortos entre ruínas, a glória das vitórias, e outras desse teor. Os jogadores acompanhavam a execução musical, cantando a letra com sério e orgulhoso patriotismo.

Essa tendência para exaltar os atos violentos das batalhas, a falsa glória das vitórias e o heroísmo dos que pereceram já os havia percebido em execuções dos hinos da Argentina, Uruguai e Paraguai em competições futebolísticas com o Brasil. Da Argentina, cantam-se apenas a primeira e a última estrofe e o refrão da Canção Nacional, em sinal de respeito “a los hermanos”... Só não havia dado conta de que a violência, aleatoriamente exaltada, estava ligada a um dos símbolos mais honoráveis de nações que vivem em paz atualmente e não necessitam de incentivá-la, e, menos ainda, de expô-la publicamente através de uma composição musical que deveria ser criada para saudar e homenagear a respectiva pátria, sem diminuir o valor das demais, mesmo vencidas.

Não foge a essas premissas o hino do Brasil. Mas disso trataremos no texto de Hinos Nacionais (2)*

O hino completo do Chile é repleto de chavões sobre morte heroica, sangue etc. Como, oficialmente, só é cantada a quinta estrofe e o refrão, num total de 12 versos, pode-se considerá-lo uma amenidade.
 
(Continua na próxima postagem.)

quinta-feira, 10 de maio de 2012

PESCARIA NO URUCUIA (Parte 2ª/2)

(continuação da postagem anterior)
Então foi assim: no dia seguinte à chegada, bem cedo, pusemos dois barcos na água e saímos, subindo o rio, para gastar a sorte pela primeira vez. Paramos abaixo de um pequeno salto das águas, com mais ou menos um metro de altura, mas que cobria toda a largura do Urucuia, como um grande degrau. O senhor Miguel Rotondo e o Wilson Guimarães resolveram pescar de dentro do barco, aproveitando a posição privilegiada no meio do rio para lançar os anzóis paralelos à correnteza. Miguelzinho, Guilherme, Marcos, Luís e eu amarramos o outro barco junto a uma pedra que beirava o rio por aproximados quinze metros, situada logo abaixo da cachoeirinha. Luizinho iscou com minhocuçu os anzóis de uma vara de fibra, que deixou em cima da pedra, com os anzóis iscados dentro d’água, sem notar, na pressa de aprontar outro equipamento semelhante para começar a pescar, que tudo podia ir parar dentro d’água. Não deu outra: a primeira vara escorregou de uma vez para dentro do rio, com molinete e tudo, sem nenhuma chance de alguém evitar sua queda pela margem lisa e arredondada da pedra.
Eu já pescava; isto é, tinha feito um bom arremesso e esperava... Logo senti um pequeno puxão na minha linha, seguido de vários outros. Os leves beliscões indicavam que um peixe mordia a isca. Mas não podia ferrar o danado porque ele não corria com o anzol, só ficava dando aqueles miseráveis arrancos sem carregar a isca. Pensei que era talvez um mandi, apesar de saber que, mesmo pequeno, este peixe consegue engolir anzóis bem grandes por causa do tamanho da boca. Tudo ficou na mesma durante mais alguns segundos. Porém um arranco mais forte fez com que eu puxasse com força a minha vara, que vergou toda. Minha alegria durou pouco, pois tive a certeza de que não pegara peixe, mas sim um enrosco, pois a vara estava vergada por um peso inerte, que arrastei devagar até a superfície do rio. A nossa surpresa foi grande: agarrado ao meu anzol, apareceu o equipamento perdido há pouco pelo Luís, vara com molinete e linha.
Rimos muito, de novo. Era de fato uma proeza, ainda que casual, a recuperação do apetrecho de pesca do nosso companheiro.
Luís, então, pôs-se a enrolar a linha. Quando terminou de puxar a parte que estava frouxa, sentiu que havia alguma coisa presa a ela; é peixe, disse. Para espanto de todos, apareceu balançando na extremidade da linha um dourado de um quilo e duzentos, mais ou menos. Não tivemos jeito de devolvê-lo às águas, pois o dourado é um peixe muito lutador, e morre logo se durar muito tempo o violento esforço que faz para se livrar do anzol. Luizinho, que havia recebido de mim o equipamento já dado como perdido, disse que pelo menos o dourado eu levaria porque, na realidade, fora eu quem o havia pescado.
Antes de regressarmos, oito dias depois, na metade do mês de maio, o companheiro Miguel Rotondo (pai) recebeu os elogios da turma devido ao preparo de um dos melhores peixes assados que já saboreei: um curimbatá de rio (peixe com 24 espécies distribuídas em todo o Brasil), com 4 quilos, que derreteu nas nossas bocas, outra boa lembrança da aventura que perdurou até hoje em nossas memórias.
                                                    F I M           

segunda-feira, 7 de maio de 2012

PESCARIA NO URUCUIA (Parte 1ª/2)


Combinamos a pescaria para o mês de maio de 1992. O grupo, formado por Miguel Rotondo e Miguelzinho (pai e filho), Wilson José Guimarães, os dois irmãos Marcos e Luís, mais Guilherme e eu, saiu de Boa Esperança às 4 h em dois veículos, por coincidência no dia do meu aniversário. Subindo pelo mapa afora, a partir de Boa Esperança, percorremos mais de oitocentos quilômetros e atravessamos quase todo o Estado de Minas Gerais, passando por Formiga, Patos de Minas, aonde almoçamos; daí a Unaí até chegar em Arinos às 18 h. Situada na margem esquerda do rio Urucuia, a cidade mormaçava em pleno sertão das obras de Guimarães Rosa. Era a primeira vez que eu ia pescar tão longe de casa. Naquele momento, fui incapaz de adivinhar que não veria mais as águas do Urucuia, importante afluente do Velho Chico. Pelo menos até hoje não voltei — apesar de ter comprado, naquela excursão, a quarta parte de um rancho na beira do rio, vizinho ao que ocupamos. Este foi um investimento em uvas verdes, que jamais amadureceram, do qual me desfiz em Boa Esperança mesmo, passado algum tempo.
Durou sete dias a pescaria, se é que se pode chamar de pescaria uma atividade em que ninguém pescou nada além de um animal blindado, certamente pré-histórico, colorido de um amarelo-ocre sujo, que apelidamos de abotoado por causa das escamas em alto-relevo na forma de botões. Os barranqueiros da região chamam esse peixe de “gongó” ou “armau”, com este último nome querendo talvez muito acertadamente dizer “armário”. Quantos anzóis colocássemos na linha, era o pescador premiado com o mesmo número de abotoados embarcados. Devia ser um enorme cardume. Parecendo mortos de fome, os blindados atacavam em bando as iscas. Morrendo de rir de raiva, devolvíamos todos ao Urucuia, como se estivéssemos preocupadíssimos com a preservação daquela espécie encouraçada. Estranho: os abotoados tinham sempre o mesmo porte, um pouco mais de um quilo cada. E uma puxada de peixe muito maior. Mas os peixes comestíveis, que trouxemos congelados, foram pescados com anzol-de-cobre, exceto o exemplar do dourado objeto da continuação desta crônica.
Haverá quem diga: — É lorota de barranqueiro, mais uma estória de pescador! — Mas podem perguntar aos meus companheiros na aventura e a todos pescadores dos afluentes do Médio São Francisco (acho que a história já se espalhou o suficiente), que eles atestarão sobre a veracidade das minhas palavras. Aqui, também, só vale o que está escrito, não há mais nada a acrescentar.
(CONTINUA E TERMINA NA PRÓXIMA POSTAGEM.)

quarta-feira, 28 de março de 2012


    GESTOS


Execute os atos certos,
De gestos seja o autor:
A vida é feita de gestos,
Gestos constróem o amor.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012


CARA DE BOBO


Há um tipo de sujeito

Osso duro de roer:

De bobo só tem a cara,

Faz-se bobo para viver!


Boa Esperança, 27/01/2000

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

CRÔNICA SOBRE O CRONISTA

Para todo cronista sempre chega o momento fatal em que, talvez por falta de assunto, ou por pura vaidade, quer falar de si mesmo. Às vezes, com propriedade
De cara, enfrenta um problema: não pode falar bem de si mesmo, porque não é ético sair por aí atirando pétalas sobre a sua simpatissíssima pessoa. Também não vai querer falar mal de si, porque, se não é um consumado cretino, também não é nenhum imbecil. De forma que generaliza, ou sai pela tangente, classificando outros sujeitos da crônica com as qualidades que gostaria de ter e exibir devido à sua superestimada personalidade.
Apesar de, necessariamente, possuir espírito crítico, o cronista não se revela, no seu trabalho, um crítico na acepção mais apropriada da palavra. O crítico faz crítica, que é a “arte ou faculdade de julgar produções ou manifestações de caráter intelectual”, segundo define o dicionário virtual Miniaurélio no primeiro significado da palavra.
O cronista é, antes de tudo, um abelhudo. Mete o nariz em toda parte. E até onde sua ação extrapola a sua competência, conforme o ponto de vista dos incomodados com o que escreve! Não é de se admirar que se torne um ser solitário. Ninguém quer a companhia de um sujeito considerado chato quando dizem que divulga ações constrangedoras da vida alheia, ao invés de, como rotineiramente ocorre, narrar histórias românticas, edificantes, ou até as que mostram apenas bom humor.
Como não poderia deixar de ser, como autor de textos de pretensa composição humorística, faço minha autocrônica revelando aspectos do meu lado tragicômico e da minha sensibilidade, às vezes aérea, do mundo à minha volta.
Relato, na crônica Minha cunhada Marlene, um flash acontecido com ela, naquele caso como distraída agente de uma invasão a um veículo que a percepção dela apontava como um táxi em serviço. Neste caso, que ora conto, ela entra apenas como coadjuvante.
Faz muitos anos, Marlene estava no pequeno jardim,à frente da varanda da casa do pai dela, meu sogro Paulo Pimenta de Oliveira. Conversava com a Maria Benedita, na época funcionária da ex-MinasCaixa, agência de Santa Rita do Sapucaí, que aproveitava um feriadão para passear e rever sua amiga de Boa Esperança e também colega de trabalho.
Eu estava esparramado numa cadeira da varanda. De férias. Um livro de ficção — meu tipo predileto de literatura — acorrentava minha atenção. Mas um ouvido, o direito, estava mais ou menos ligado na conversa entre as duas colegas (o ouvido esquerdo não podia ligar-se em nenhuma conversa, ou som, pois era absolutamente surdo, por efeito das centenas de decibéis suportados nas discotecas frequentadas na juventude).
As duas comentavam sobre notícia do ex-presidente Emílio G. Médici —. E, quando uma delas disse: — O Emílio falou... — eu, bestamente, indaguei: — O Emílio faaala? — referindo-me, parvamente, ao mavioso canário-belga — pendurado na parede ao lado —, que minhas cunhadas haviam apelidado com aquele nome. Marlene me disse, sorrindo ante meu espanto: — A nomeação do pássaro é uma simples homenagem ao ex-presidente.
Se eu era capaz de confundir um canário-belga cantador com a figura do ex-presidente Emílio, que, de semelhança musical com o famoso tenor Pavarotti só exibia sobrenome italiano, podia-se esperar proezas ainda mais espetaculares do meu sistema nervoso. Que, aliás, para ser honesto, devia ser chamado de sistema calmoso!
Agora, vou contar um acontecido do qual participou meu sogro. Mas, antes, procurarei fazer dele um retrato, breve, mas que pretendo suficiente para que se capte o ser complexo vivido por ele, e sua ótima atuação na história.
Entre as muitas qualidades de meu sogro Paulo Pimenta, como era conhecido em toda a Boa Esperança, destaco a hombridade e a seriedade. Homem de caráter firmado em bases sólidas, usufruía do respeito e admiração de seus concidadãos, pelos traços marcantes da sua personalidade. E, também, por ter superado muitos obstáculos na formação de uma família modelar, que fez jus ao legado maior que deixou para a posteridade: o tesouro do seu exemplo.
Mas o senhor Paulo era muito mais do que isso, Afetuoso com os familiares, tratava a todos que o cercavam com atenção carinhosa. Adorava conversar, saber de todas as conquistas sociais ou tecnológicas realizadas pela humanidade. Novos conhecidos eram muito bem-vindos e tratados com urbanidade consciente.
Eu acho que fui um dos felizardos que teve a sorte de cair nas boas-graças do meu sogro. É um fato que posso afirmar sobre o nosso relacionamento, e só isto já me satisfaz.
De forma que, quando ele se aposentou, estando eu em Boa Esperança a serviço da inspetoria da ex-MinasCaixa, nós fomos almoçar. Após toda refeição, sempre calhava de acontecer uma pequena reunião, na sala do almoço mesmo, de três, quatro ou cinco familiares com visitantes, ou mais se não era dia útil ou se tratava  de um feriado.
Nessa reunião, o senhor Paulo expunha a sua opinião sobre determinado assunto, mas agora não me lembro mais qual era o assunto, e, muito menos, a opinião. O senhor Paulo era discretíssimo e não exibia o que sabia ou intuía sobre as pessoas, Mas não regateava elogios, quando merecidos, evidentemente, porque era um homem que não sabia desmerecer ninguém.
Eu, simplesmente, não ouvia nada do que ele.dizia. Devia estar em um planador, onde imperava o silêncio, num vôo solo estratosférico aonde não chegava qualquer sinal proveniente do mundo lá embaixo. Na verdade, “eu viajava na maionese”!
O senhor Paulo — que possuía, também, um afiado espírito crítico dotado de apurado senso de humor, não me esperou descer das nuvens. Dirigindo-se às outras pessoas presentes, iniciou, em tom monocórdio, essa lengalenga:
— Então, nós saímos para pescar, conforme o combinado. Para isso, levamos um saco cheio de parafusos sextavados, que serviriam de isca. Os peixes seriam fisgados com um martelo de borracha feito na oficina do fabricante de selas para cabritos. De repente, o capitão do iate, que nunca havia fisgado nem um contrato de café com o Banco do Brasil, ao passar por um cardume de pares de sapatos novos, deu uma martelada certeira num par dourado — e o senhor Paulo esticou bem os dois braços — desse tamanho...
Eu, despencando da estratosfera para cima da mesa da copa, atiçado pelo meu amor às pescarias, perguntei, lerdamente:
— Onde foi isso, gente? De que tamanho mesmo era o dourado? O cara pegou um par? Dois, de uma vez só, e desse tamanho?
Foi o suficiente para o pessoal ao redor da mesa cair na risada. Eu fiquei abobalhado, sem entender o que acontecera. Só depois que me explicaram foi que eu pude rir, também.
                                            
                                                              F I M

sábado, 21 de janeiro de 2012

AUSÊNCIA INVOLUNTARIA

Aos meus leitores,

Durante todo este tempo em que não apareceu uma linha sequer neste blog, minha luta foi, novamente, com o Burraldo (como apelidei o meu PC), que se recusa terminantemente a editar postagens provenientes de textos baixadps em arquivos do Windows.

Isto quer dizer que, se eu quiser gozar da benevolência do Burraldo, ele me dá permissão de copiar, no editor do blogger, textos que já arquivei e que, normalmente, seriam incluidos neste espaço com um simples toque de "enter". 

Mas o tempo que permaneci afastado foi proveitoso. Terminei um livro infanto-juvenil - todo ilustrado pelo meu filho arquiteto/designer Luciano Messora Miranda, atualmente em Brasília, DF - que espero publicar brevemente; terminei duas crônicas sobre hinos nacionais, e escrevi e enviei outras para o "Informativo da A.D.L." (Academia Dorense de Letras) e para o jornal de Visc. do Rio Branco, MG.

Desculpando-me pela ausência involuntária, procurarei teclar na postagem seguinte a crônica enviada à A. D. L.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

COMPENSAÇÃO

Para compensar o non-sense da última postagem, segue uma mais simples:

ANDANÇA

Já fiz muita andança,

Em mil caminhos passei;

Uns calos, de lembrança,

Foi tudo o que eu ganhei!


terça-feira, 8 de novembro de 2011

SÁRTA OD OSREVER OD OIRÁRTNOC O

SÁRTA OD OSREVER OD OIRÁRTNOC O

O CONTRÁRIO DO REVERSO DO ATRÁS

OCUOL OIEM OTXET ORRAZIB ETSE

ESTE BIZARRO TEXTO MEIO LOUCO

ZARPMOC REL MEUQ A OMSEM ETA

ATÉ MESMO A QUEM LER COMPRAZ

OCUOP A OCUOP EDREP OÂZAR A

A RAZÃO PERDE POUCO A POUCO

sábado, 5 de novembro de 2011

NA INTERNET, EM PAZ

VOU, NAS ÁGUAS DA INTERNET,
O MUNDO INTEIRO NAVEGAR.
NA UNIÃO QUE ELA PROMETE,
VIAJAREI EM PAZ DESTE LUGAR!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

POESIAS E CONTOS (concurso)

Em atenção ao meu amigo virtual Benilson Toniolo, com o fim de divulgação do III PRÊMIO ARAUCÁRIA DE LITERATURA, categorias Poesia e Conto, do Centro de Ação Literária de Campos do Jordão, SP, por ele coordenado, passo aos meus leitores dados sobre o regulamento, contando com sua colaboração:
Participação: Os autores poderão participar de ambas as categorias (poesia ou conto), com no máximo 3 (três) textos em cada categoria, O tema é livre, e não há limite de páginas, versos, linhas ou toques.
Inscrições: de 01/09/2011 a 31/12/2011, valendo a data da postagem, mediante pagamento da taxa de R$ 5,00 (cinco reais), por texto inscrito, depositada  no Banco Santander, agência 0087, na conta corrente nº 3705787-1, favorecido Simone Andréia dos Santos Silva. 
Remessa dos trabalhos: Somente via postal, nos Correios, com o material endereçado para o Centro de Ação Literária de Campos do Jordão, Rua Oscar da Matta, 685 - Jd. Floriano Pinheiro, CEP 12.460.000, Campos do Jordão, SP.devem ser enviados em 2 vias, digitadas ou datilografadas contendo o pseudônimo do autor, o título do trabalho e cópia do comprovante do depósito. Anexo, em envelope menor, lacrado, constar na parte externa apenas o pseudônimo do autor, os titulos das obras e a(s) categoria(s) em que concorrem.Dentro desse envelope, informar: pseudônimo, nome e endereço completos do autor, nome literário (se houver), título e categoria das obras inscritas, telefone e celular, e e-mail para contato.
Importante:O pseudônimo pode ser o mesmo nas duas categorias. As incrições que não apresentarem todos os dados solicitados serão impugnadas com imediata desclassificação do candidato, sem prévio aviso.
Premiação: O primeiro colocado de cada categoria receberá troféu e certtificado, além de participar da Antologia Literária Cidade 2012; o segundo e o terceiro colocados de cada categoria receberão medalhas e certificados. Serão escolhidos, ainda, outros sete textos de cada categoria, que receberão Certificados de  Menção Honrosa. Todos os concorrentes receberão Certificados de Participação. Os participantes, brasileiros e estrangeiros, concorrerão ainda à Medalha Narciso de Andrade, em homenagem ao advogado e poeta santista.
Divulgação do resultado: Os três vencedores e os sete classificados de cada categoria serão comunicados logo após a apuração do resultado, que será divulgado ao público através de jornais e sites de literatura, A relação dos vencedores estará disponível em  http://3premioaraucariadeliteratura.blogspot.com,
Não haverá cerimônia de premiação; as despesas com envio dos prêmios serão de responsabilidade dos organizadores.
Maiores informações no e-mail  premioaraucariadeliteratura@bol.com.br

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

VOLTEI, NOVAMENTE


Meus amigos,

Custou-me muitas horas de peleja, sim, peleja árdua, para que eu conseguisse editar, sem intrusão de linguagem java no texto, a 3ª e  última parte de "Fé Cega". A luta foi contra o PC, que se recusava inserir a derradeira fração do conto neste blog Literatema.

Agora, se me perguntarem como eu consegui, não posso dizer. Porque não sei... Mistérios e magias da eletrônica, barbeiragem minha na Internet.

Mas o motivo principal de meu afastamento foi uma série enorme de consultas médicas, exames de laboratório, de corpo presente (apalpações, lambrecações com gel para ultrassonografia etc etc.), pequenas intervenções cirúrgicas, tudo no ramo da medicina. Aproveitndo a lenta cicatrização de uma pequena cirurgia no pé esquerdo, duas bactérias oportunistas tomaram posse do pedaço e me proporcionaram 19 dias de internação e isolamento em hospital, recebendo altas doses de antibióticos.

Felizmente, já sarei. Restam apenas um resquício de inflamação no nervo ciático, dores na perna ao levantar da cama ou de um caixote, dor no pescoço e outras queixas, mas estas não me vencem, já acostumei-me com elas.

E elas não têm o poder de me impedir de continuar comunicando-me com vocês, ao meu modo
de ser, procurando sempre não perder o meu fio da meada.

Um grande abraço para todos vocês!

FÉ CEGA (Parte 3ª/3)

(continuação da penúltima postagem)

“Pirou de vez”, pensou o vizinho, enquanto observava, aborrecido, o semicírculo de curiosos que se formava diante dele assuntando a conversa.

— Você sabia que eu tenho o corpo fechado?

“Mais essa...”

Ante o ar desenxabido com que a revelação fora recebida, Ditão vangloriou-se:

— Foi Santo Antônio que fechou! — Vendo a cara de descrença do vizinho e o ar parvo no rosto dos demais, desembestou: — Então, não é ter o corpo fechado escapar do coice do burro Barnabé? Ninguém que passa atrás dele escapa, e eu escapei da cacetada que ele tentou me pespegar!

Cabeças balançaram, no meio do povo à sua frente, em sinal de assentimento. Afinal, Ditão sempre rematava a vestimenta com chapéu e botinas, merecia respeito.

Animou-se com a aprovação popular:

— Lembram-se da colmeia no oco da árvore, aqui mesmo na pracinha? Pois é, todo mundo lembra! Agora me digam se é ou não é proteção do santo, as abelhas enxameando, picando muita gente, fazendo escarcéu; e eu, eu mesmo, sem uma mordida, nem uma picadinha... — desembuchou Ditão. Desafiou:

— Até bala o santo segura! Duvida?

Exaltado, retirou a espingarda do ombro de Simeão e colocou-a nas mãos dele:

    Atire, Simeão! No rumo do coração. Vou provar que o santo me protege.

    Isso não vai dar certo, home!

    Vai, sim! Então você vai acreditar, seu ateu! Atire!

O tiro soou no meio da pracinha, assustando os pardais.

Simeão colocou a espingarda novamente a tiracolo e caminhou para fora do triste arremedo de jardim, acompanhando a debandada dos pardais.

— Eu falei que isso não ia dar certo, home!
      
                                                                        F I M

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Esclarecimento

Caros amigos,
Porque o meu PC deu um pau danado, deixei a galera decepcionada, pois havia prometido postar a terceira e última parte de Fé Cega neste espaço mais ou menos na sexta-feira passada.
Espero estar com esse procedimento atualizado dentro dos próximos cinco dias.
Meus cumprimentos e meu muito obrigado pela paciência de vocês.

sábado, 11 de junho de 2011

FÉ CEGA - (PARTE 2ª/3)

(continuação da postagem anterior)
Mas o vizinho Simeão discordava abertamente.
— As planta nasce mais bunita no que é seu pur causa da terra, Ditão.
A frase era como se fosse uma ofensa grave à sua fé. Humilde, Ditão a engolia igual a um remédio amargo, apesar da revolta que lhe causava a descrença de Simeão. Replicava:
— E a medalha que o Brabante ganhou na exposição?
— Raça boa da Mimosa, mãe dele. — rebatia o vizinho.
“E uma ajudinha do seu compadre Cornélio” — completava, em pensamento.
Ditão coçava a cabeça: “Uma baita graça recebida, e Simeão não acreditava. Não era à toa que o homem tinha fama de metódico, esquemático. Ele é... mas é do contra, isso sim...”
Procurava um jeito de vencer a teimosia do vizinho e convertê-lo ao santo. Mas o diabo do homem era pirracento.
— A frieira da Eudineia!... — desesperava-se Ditão
— Quem curou ela foi o macerado de confrei, receita de siá Flausina, home!
Com Simeão não adiantava prosa. Não acreditava, mesmo. Parecia, até, que se fazia de desentendido de propósito, só pra aperrear.
De tanto querelar com o vizinho, passou a ser uma questão de honra para o Ditão converter o teimoso. Quanto mais Simeão negaceava, mais gana de alumiar o entendimento dele invadia o bajulador do santo. “Só mesmo com a ajuda de Santo Antônio!”, concluía.
A ocasião para tentar convencer Simeão pareceu surgir, no domingo seguinte, na pracinha da matriz. Os pardais chilreavam, aos bandos, na manhã ensolarada de primavera. Ditão, sentado num banco, esperava Eudineia — que já não mancava — e as crianças saírem da igreja. Nisso, por cima dos canteiros ressequidos, vai passando Simeão. Espingarda 22 a tiracolo; estivera caçando rolinhas e sabiás-laranjeira no pomar atrás do botequim para reforçar o almoço,
Ditão gritou: — Simeão!
Este, contrafeito, assentou-se no lugar que o vizinho abrira para ele no banco. O alvo da conversa de Ditão foi o esperado: Santo Antônio! Simeão era de pouca conversa, e não gostava de falar sobre lavoura nem gado; o pessoal da roça estava cansado de falar sobre isso, e qualquer outro assunto servia para distrair; esse papo-furado e invariável do Ditão sobre Santo Antônio já enchera as medidas.
— Já sei! Pra acreditar na força do santo, você precisa de uma prova! — exultou Ditão com a magnífica ideia que acabava de ter.
— Que prova, que mané prova, home?
— Um milagre, uai! — exclamou Ditão, felicíssimo com a ideia, e de olho na espingarda.
(continua na postagem seguinte)

terça-feira, 7 de junho de 2011

FÉ CEGA (PARTE 1ª/3)

A safra de milho deste ano foi um estouro? Salve Santo Antônio! A gigantesca abóbora-de-pescoço ganhou um prêmio na exposição agropecuária? Ave Santo Antônio! A porca Redonda pariu oito sadios leitões? Viva Santo Antônio!
No sítio do Ditão era sempre assim. Por qualquer me dá cá essa palha, tomem de vivas a Santo Antônio! Amém, meu Santo Antônio! Valha-me, Santo Antônio! — a súplica feita apenas raramente, como no dia em que a Eudineia, sua mulher, apareceu com frieira no entremeio do dedão do pé direito.
A louvação acontecia no lugarejo todo: no sítio, na igreja, no botequim. Em qualquer lugar em que estivesse Ditão, tinha-se de escutar a contínua lisonja ao santo. No açougue do compadre Raul, certa ocasião, chegou lá o Ditão.
— Compadre, quero duas picanhas.
— Só tem uma...
— Valha-me, meu Santo Antônio!!! Por acaso o compadre só matou meia vaca?
— Não, Ditão. Matei uma, inteira, mas mandei a metade da vaca, com a outra picanha, para o açougue do Zé da Cotinha.
— Tá bom. Uma picanha é melhor que nenhuma. Viva Santo Antônio!!!
Verdade que o Ditão tinha seus motivos para a devoção. Parece que tudo que nascia na sua propriedade era mais viçoso, mais tenro, mais sadio, melhor — com exceção da frieira que deu no dedão do pé da Eudineia. Os seus filhos, fazendo escadinha, depois da missa das oito, desfilavam lampeiros na pracinha da matriz.
A sorveteria do seu Fritz disputava com a padaria a sua produção de leite. O tourinho Brabante, parido pela Mimosa, foi condecorado com medalha de prata na exposição agropecuária local. “Graças a Santo Antônio!!!” O acaso do seu compadre Cornélio ter tomado parte da comissão julgadora não diminuía o valor da medalha para o Ditão, muito menos lhe subtraía o menor pedaço ao mérito do santo. Pelo contràrio...
A família e os amigos estranhavam aquelas louvaminhas. Acostumados, não diziam nem sim nem não. Quem ia querer puxar briga com santo, ainda mais um de tanta devoção. O padre não gostava daquela louvação sem medida; porém não criticava.
(continua na próxima postagem)

terça-feira, 26 de abril de 2011

1º Prêmio Escriba de Crônicas / 2011

Visando cooperar com os organizadores e com possíveis concorrentes, passo a seguir algumas informações sobre o "1º Prêmio Escriba de Crônicas/2011, da cidade de Piracicaba, SP.instituido pela Prefeitura Municipal através da Secretaria Municipal de Ação Cultural, com o apoio da Academia Piracicabana de Letras:
Em www.biblioteca.piracicaba.sp.gov.br/premioescriba , você encontrará o regulamento e a ficha de inscrição para o 1º Prêmio Escriba de Crônicas/2011, que distribuirá R$ 4.000,00 (quatro mil reais), R$ 3.000,00 (três mil reais) e R$ 2.000,00 (dois mil reais), respectivamente, para o 1º, 2º e 3º colocados do concurso, além de troféus e diplomas. Vinte crônicas selecionadas comporão uma antologia, a ser editada pela Secretaria Municipal de Ação Cultural de Piracicaba, sem custo para os autores agraciados.
O autor piracicabano da melhor crônica local sera distinguido com o diploma especial do "Troféu Alcântara Machado" e a quantia de R$ 1.500,00 (hum mil e quinhentos reais);
O prazo para inscrição, de duas crônicas, com tema livre, termina em 31/05/2011.
Maiores informações na Biblioteca Municipal de Piracicaba "Ricardo Ferraz de Arruda Pinto", Rua Saldanha Marinho, 333 - CEP13.400-210 - Piracicaba, SP, ou no site acima.

terça-feira, 5 de abril de 2011

VOLTEI !

Depois de, praticamente, dois anos de ausência, volto a escrever neste espaço. Havia alguma coisa no paradeiro deste blog que me incomodava, como a ponta de uma linha de plástico na costura da etiqueta da camisa: a gente leva a mão, alisa, coça. Para, por instantes, o estresse. Mas, nem bem aliviou, lá vem de novo a maldita ponta de plástico arranhando a nossa nuca. Um inferno!


Sem querer, deixei o blog entregue às moscas. Motivos particulares e uma fase ruim de estado físico não permitiram que me concentrasse nos raros textos que abria. Mal aguentava meia hora, quarenta e cinco minutos diante do computador. Ficava abismado de ver meus filhos trabalhando na Internet durante horas, com pequenos intervalos para almoçar, tomar um cafezinho, ir ao banheiro etc. Sabia que não cabia termo de comparação. Eles estão numa fase muito boa de suas vidas, em pleno vigor físico e mental. Eu também estou relativamente bem, principalmente com a ajuda de rigoroso controle médico, com o contínuo e indispensável auxílio dos remédios prescritos, e os carinhosos cuidados da minha mulher. Mas como no próximo mês estarei já esbanjando os primeiros dias do meu sexagésim0 oitavo ano de existência, reconheço que não tenho gás para competir com os rapazes.


Para recomeçar as postagens, penso em fazer comentários, crônicas e artigos sobre fatos do nosso país e do mundo. Também pretendo informar sobre eventos literários, como concursos, feiras e lançamentos de livros etc. Não deixarei, porém, de editar trabalhos como contos, crônicas, poesias e outros que, porventura, criar.


Agora é torcer para receber novamente a grata visita dos amigos e das pessoas que já tiveram a gentileza e a paciência de ler os meus modestos textos. O que aplico, também, à presença virtual de novos navegantes que aportarem por estas páginas.


Sejam todos muito bem-vindos!!!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

TROCA

Vendo a sua tristeza
O passarinho eu soltei.
Ele solto, que beleza,
A alegria que me dei!

quinta-feira, 30 de abril de 2009

PARANOIA URBANA (parte 6ª/6)

(continuação da postagem anterior)
Fixando, irada, os olhos dele, Mariana sentiu que ele baixava os braços, fazendo alguns movimentos desajeitados, e alguma coisa caiu dentro da sua bolsa. Então abandonou rapidamente o veículo, que havia parado em um ponto qualquer.
Ao sair, verificou que o homem não a havia seguido. A chuva, por um momento, a fez esquecer o seu pavor. Estava ainda longe de sua casa mais de seis quarteirões. Abriu a sombrinha branca e, descrente de conseguir um taxi, iniciou uma aflita caminhada para o seu apartamento. Escolhia ruas onde não havia paradas da linha do ônibus que usava. Com essa estratégia, imaginava evitar um reencontro com o abominável homem que a assaltara. Mas — ela se alegrou — conseguira recuperar o seu relógio, a jóia que mais estimava, entre as poucas que possuía, porque ela o comprara em substituição ao do seu marido, que fora roubado. Apressou o passo, receosa das ruas escuras e solitárias, repletas de árvores fantasmagóricas sacudidas pela ventania.
Ao entrar em casa, chorando, ouviu o som da campainha do telefone que ficava em cima da mesinha de cabeceira, no seu quarto. Quando chegou lá, o telefone parou de chamar. Porém ela não deu maior atenção ao aparelho, porque avistou, ao lado do mesmo, o seu relógio. Esquecera-se de colocá-lo no braço ao sair de casa para trabalhar, deduziu apavorada. “Então, o que é que está dentro da minha bolsa?” — perguntou-se, confusa.
Correndo para a sala onde tinha deixado a bolsa, ao entrar, abriu-a, vertendo todo o seu conteúdo sobre a mesa de centro. Entre um batom, um pente, um canivete com a lâmina exposta, uma carteira e um molho de chaves, jazia um elegante relógio masculino.
Abalada pela certeza da terrível delinquência do seu ato, ela deixou-se cair no sofá. As lágrimas, então, rolaram livres, em cascatas. “Assaltei aquele homem! E agora, o que é que eu faço?” — pensou, recriminando-se interiormente pela sua insensatez, prometendo a si mesma jamais agir daquele modo impulsivo.
Desconsolada, virou o objeto entre os dedos. No fundo prateado, leu a seguinte dedicatória, que ela mesma, há tanto tempo, mandara gravar:
“Ao meu querido Heleno, com o amor eterno da sua Ioneide Stella.”
F I M

domingo, 26 de abril de 2009

PARANOIA URBANA (parte 5ª/6)

(continuação da postagem anterior)
Após o café, Mariana e Valderez regressaram ao trabalho. O serviço arrastou-se com a mesmice costumeira.
Vendo os colegas se levantando, alguns já abandonando o escritório, Mariana cobriu com capas plásticas o terminal de computador que utilizava, guardou os papéis nas gavetas de sua mesa e trancou-as. Despediu-se maquinalmente dos colegas que ainda permaneciam no local e saiu do prédio. Na calçada, sob a marquise, ela constatou que a chuva persistia intensa. Abrindo sua sombrinha de tecido branco, estampada com a foto de um dos mitos atuais do cinema, ela procurou abrir caminho entre os pedestres na calçada, dirigindo-se para o ponto do ônibus que a levaria para casa.
No ponto, a fila estendia-se, comprida, ao abrigo dos toldos de uma padaria. As pessoas pareciam exprimir nos rostos um profundo desânimo. Mariana encostou-se com relutância na parede suja de fuligem. Estava cansada. As luzes das lâmpadas fluorescentes da padaria, incidindo no seu rosto através das portas abertas, acentuavam as minúsculas rugas que já se formavam ao redor dos seus olhos sem brilho.
O ônibus que ela esperava estacionou rente ao meio-fio. Ao sair da proteção dos toldos, seus cabelos se molharam e as suas roupas ficaram encharcadas, por causa da morosidade com que a fila evoluía. Quando chegou sua vez de subir, o ônibus arrancou, mas ela conseguiu agarrar-se ao apoio para as mãos e equilibrar-se precariamente no primeiro degrau. Empurrando violentamente o corpo para a frente, permitiu que a porta se fechasse, evitando uma queda fatal. Aos poucos, ainda assustada, Mariana foi seguindo pelo corredor e passou pela roleta do cobrador. Conseguiu espremer-se entre o grupo de passageiros situados mais à frente. Quase não havia espaço para ela. Estava apertada no meio de um punhado de pessoas que a acotovelavam, pisavam-lhe os pés, transmitiam-lhe a umidade que trouxeram da chuva.
O coletivo seguia pelas ruas alagadas. De repente, Mariana sentiu vários movimentos bruscos ao seu redor e alguém roçou com violência o seu braço esquerdo, onde usava o relógio, no momento em que o ônibus executou uma curva acentuada. Um homem encontrava-se virtualmente colado às suas costas. Ela virou a cabeça, encarando-o, mas o homem não retribuiu ao seu olhar. Ele aparentava observar, distraído, os reflexos brilhantes das luzes externas nas gotas da chuva coladas nos vidros das janelas. Ela olhou então para o seu pulso esquerdo e o seu relógio não estava lá. A raiva instantaneamente a dominou. Atordoada, Mariana retirou da bolsa um canivete e abriu sua lâmina. Contorcendo-se, ficou frente a frente com o homem. Fazendo com que ele visse a arma apontada para sua barriga, ela escancarou a bolsa, e disse-lhe:
— Rápido! Ponha o relógio na minha bolsa, imediatamente!
(continua na próxima postagem)